quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Cavernas serão preservadas no 
Rio Grande do Norte

Verdadeiras minas de ouro para o turismo ecológico e de aventura, como também para a pesquisa científica, podem ser encontradas no subsolo potiguar. O Rio Grande do Norte, segundo o Centro de Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), é o estado do Nordeste com o maior número de cavidades subterrâneas em seu território, 529 ao todo, e o sexto no Brasil. Pelo menos 5% dessas estruturas geológicas têm potencial para a exploração turística. De acordo com o biólogo Diego Bento, coordenador do Cecav/RN, existem espécies de crustáceos e insetos que somente são encontradas nas cavernas potiguares. Hoje, será realizada uma reunião entre o órgão e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para firmar uma parceria no trabalho de preservação dessas cavidades no estado.
Diego Bento explica que boa parte do solo potiguar é formado por quatro tipos de rochas propícias para a formação de cavernas: mármore, granito, arenito e calcário. As primeiras são frequentemente encontradas nos municípios de Martins (Oeste) e Caicó e Jucurutu, essas duas no Seridó. As de arenito são, de maneira geral, encontradas nas regiões do Seridó e do Vale do Açu. O arenito concentra-se principalmente em Assu. E praticamente toda a região Norte do estado é formada pelo calcário.

A região que concentra a maior quantidade de cavidades no subsolo é o Alto Oeste, formado basicamente de calcário. O munípio com o maior número dessas formações geológicas é o de Baraúnas, com 195, seguido da cidade vizinha de Felipe Guerra, com 195. É nessa última que encontra-se a caverna com maior extensão registrada no RN, a de Trapiá, com 2,3 mil metros.

No entanto, segundo o coordenador do Cecav, é Baraúnas (Oeste) que tem as cavernas com maior potencial turístico. Entre elas a de Furna Feia, a segunda maior do estado, com 766m de comprimento. As outras são Furna Nova (200m) e o Abrigo do Letreiro (85m). “Nessa última, existem pinturas rupestres em suas paredes”. Outras cavidades com esse potencial são a Casa de Pedra (300m), em Martins, e a Poço Feio, em Governador Dix-Sept Rosado (Oeste).

O biólogo diz que o RN também é destaque mundial entre os pesquisadores de seres vivos de cavidades subterrâneas. “Há bichos que somente são encontrados em nossas cavernas, cujos nomes ainda nem foram criados, pois começamos a estudá-los há poucos anos”. Segundo ele, são espécies de troglóbios, que parecem “tatuzinhos”, crustáceos específicos de cavernas e também alguns insetos, como cigarras.

Por Paulo de Sousa, Do DIÁRIO DE NATAL

Fonte: http://www.dnonline.com.br/ver_noticia/53467/

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